domingo, 29 de março de 2009

Encerramento do 1º Trimestre EBD 2OO9 ~ Salas Adultas

A última lição da EBD ~ 1ºTrimestre foi uma verdadeira benção!

Você é convidado especial a se alistar para essa turma abençoada de soldados fiéis que buscam o conhecimento da verdade!
A preparação é necessária; sem ela, o IDE do Senhor não poderá ser bem desenvolvido.

Junte-se a essas fileiras!
Matricule-se para o próximo semestre.

Abaixo, o resumo da última lição; bem como, um resumo fotográfico dessa obra maravilhosa!

Paz!!! A Obediência como Adoração

Introdução

Uma verdade que, a cada novo estudo sobre Josué, foi sendo reafirmada e ficou mais que evidente, é a de que todo o êxito obtido por Israel na conquista da Terra Prometida, não estava na suposta capacidade bélica da tribo nômade, e sim no Senhor (Js 2.9-11,24; 4.24; 5.1; 9.24; 23.3,4). Qualquer atitude dos israelitas em contrariedade a esse reconhecimento, constituía-se em um grave pecado diante de Deus: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura” (Is 42.8).
Por que o povo escolhido, mesmo sendo, além de testemunha ocular, beneficiário dos feitos do Senhor, resolveu atribuir, por diversas vezes, aos falsos deuses as bênçãos recebidas? Havia mesmo uma relação de troca entre Deus e o povo? Se acaso a resposta for positiva, esse princípio permaneceu como promessa no período pós-exílico? Qual a possibilidade de estes textos serem aplicados à igreja evangélica brasileira, sem incorrer em uma eisegese?
Amnésia Histórica de Israel
Como seres contingenciais e situados dentro de uma conjuntura, temos uma tendência imediatista de achar que podemos resolver nossas ambigüidades de maneira estanque. O máximo que se consegue pensando assim é incidir sobre os efeitos ignorando as causas. O problema agrava-se ainda mais quando se fala em termos de “conquistas”, “realizações”, “êxito”. Muita gente acredita que as coisas foram bem-sucedidas, simples e exclusivamente, pelo fato de elas terem capacidade, conhecimento, coragem, posses materiais. Mesmo reconhecendo que as pessoas podem ser portadoras de tais atributos, como já disse em outra oportunidade, para iniciar qualquer empreendimento, é preciso contar com o mais elementar dos pré-requisitos: a vida. E esta, para início de conversa, é uma dádiva do Altíssimo, a qual Ele outorga, bondosamente, a todos os seres vivos, inclusive, àqueles mais desprezíveis que ousam duvidar da existência do Eterno (Mt 5.45). Pensando um pouco mais abaixo da superfície do problema, não é o ativismo, o ufanismo e nem o pessimismo que podem nos dar os reais contornos e desdobramentos do drama humano. O bom senso recomenda que se reconheça que o passado tem um peso considerável, senão decisivo, sobre o que vivenciamos no presente. Não considerar esta verdade é não somente uma atitude pedante como tosca.
Excetuando a lenda subjacente à questão do surgimento da tocha olímpica, acho interessante o esforço dos que ostentam aquele símbolo antigo dos jogos gregos. Qual dos atletas pode ignorar que o transporte do colega que o entregou a tocha foi decisivo para que ele tivesse o seu momento de “glória”? É lamentável constatar que, em nosso meio, muitas pessoas têm este tipo de comportamento negativo. Acham-se os donos da razão e ignoram os que os outros realizaram para que eles pudessem estar onde estão. No caso da conquista da Terra Prometida, Israel é instado a relembrar, a todo momento, que está se apossando de algo que foi prometido a um homem, de tamanha fé, que chega a ser chamado de “amigo de Deus” (Tg 2.23): “Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?” (2 Cr 20.7). É preciso entender que a posse territorial de Canaã acontecia como cumprimento, como o clímax de uma promessa feita a Abraão: Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma benção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã. E tomou Abrão e Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã. E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de More; e estavam, então, os cananeus na terra. E apareceu o Senhor a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera (Gn 12.1-7, sem grifos no original).

É interessante notar que, em vez de ignorar a promessa e se auto-promover com os feitos do momento em que exerciam suas lideranças, tanto Moisés quanto Josué, avançou em direção ao destino (Moisés, na maioria das vezes orientado diretamente por Deus e também pela nuvem e pela coluna de fogo e, Josué, pelas ordens diretas do Senhor), não escudados em suas capacidades, mas por saber que a vitória estava consignada à promessa patriarcal (Gn 12.1-9; 17.1-8; Êx 2.23-25; Nm 14.23; Dt 31.20). Ambos não nutriam nenhuma espécie de sentimento vaidoso quanto a si próprios ou às suas lideranças (o que conhecemos atualmente por “messianismo”), pois não se achavam grandes “salvadores da pátria”, muito pelo contrário, Moisés, por exemplo, disse ao Eterno: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Êx 3.11).
A lembrança da promessa patriarcal, unida à postura abominável dos habitantes da Terra Prometida, servia para anular qualquer postura triunfalista por parte de Israel (Dt 9.1-29). Dada a importância desse reconhecimento e saber, reiteradas vezes a Escritura informa acerca da premente necessidade de se refrescar a memória do povo, tentando espantar o monstro da amnésia histórica que asfixiava a lucidez de Israel e roubava a glória do Senhor de suas vidas: “Lembrem-se dos dias do passado; considerem as gerações há muito passadas. Perguntem aos seus pais, e estes lhes contarão, aos seus líderes, e eles lhes explicarão” (Dt 32.7). A lembrança histórica deveria ter uma finalidade tão didática, que até mesmo a alimentação em determinadas festividades tinha de ser com alimentos comidos por ocasião da noite da partida do Egito (Dt 16.1-). Tudo para que Israel não se esquecesse, que um dia, por longos 430 anos, tinha sido “escravo no Egito” (Dt 16.12).
Ninguém duvida que uma das causas da derrocada de Israel está intimamente relacionada à negligência com a reflexão histórica, com os feitos do Senhor através das gerações passadas. A evidência clara deste fato está registrada em Juízes 2.10: “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel”. Ora, se a ordem do Senhor, era que se ensinasse e contasse aos filhos o que Ele realizara durante a peregrinação no deserto e sobre o período de conquista da Terra Prometida (Dt 6), como é que a nova geração não sabia? Só existe uma explicação: eles negligenciaram sua vocação e não cumpriram a ordem do Eterno.
A amnésia histórica de Israel deveria ter dado lugar a anamnese, ou seja, à recordação e lembrança dos grandes feitos do Senhor, assim, o povo de Deus teria sido poupado de uma série de infortúnios. Será que a igreja evangélica não está precisando do conselho do Senhor à igreja de Éfeso (Ap 2.4-6)?

O Perigo da Amnésia Histórica e do Ufanismo na Igreja
Tendo o cuidado de olhar para o que já havia acontecido, Israel deveria reconhecer que só chegou até ali por um ato de bondade do Eterno e também porque alguém “creu contra a esperança” (em outras palavras, contra qualquer lógica e bom senso ou bom siso) bem antes daquela geração (Rm 4.18-25). Tal mensagem é extremamente necessária, pois existe uma vaidade latente no ser humano (herdada desde o Éden), que é o achar-se autônomo, independente (o que realmente é uma bobagem, pois não existe ninguém que pense independentemente, sem estar condicionado por qualquer que seja a categoria de pensamento ou ideologia). Acredito que é preciso quedar-se diante da obviedade ululante de que o mundo não começou comigo. Aliás, considerando a sua existência, a minha inserção e, conseqüentemente, saída do mundo, terá uma duração muito ínfima no trem da história (Talvez, ninguém, além de Deus e de minha família nuclear, saberão que um dia passei pela face da Terra).
O brasileiro não é muito afeito ao conhecimento histórico. Alguns ditos populares são sintomáticos neste particular: “Quem vive de passado é professor de história”, é um dos muitos exemplos desta falta de interesse pelos fatos ocorridos antes de nós. Não é a toa que o país vive “deitado eternamente em berço esplêndido”, enquanto observa o esfacelamento dos serviços públicos, a sucateação da educação, saúde e segurança pública. Como cristãos, não deixamos de ser brasileiros, e temos uma tendência de esquecer de nossas origens e raízes espirituais. Isso é perigoso, pois como “oliveira selvagem” (Rm 11.16-24), não deveríamos ostentar uma postura tão pedante e orgulhosa como se alguma coisa importante fossemos, basta lembrarmos que estamos ─ contra a natureza ─ enxertados na boa oliveira. A esse respeito Paulo até diz: “Se alguns ramos foram cortados, e você, oliveira selvagem, foi enxertada no lugar deles e agora recebe a seiva das raízes, não se envaideça nem despreze os ramos. Se você se orgulha, saiba que não é você que sustenta a raiz, mas é a raiz quem sustenta você. Você poderá dizer: ‘Os ramos foram cortados para que eu fosse enxertada’. Certo! Mas eles foram cortados por causa da falta de fé deles, enquanto você permanece firme pela fé. Não fique cheia de soberba, mas de temor, porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você” (Rm 11.17-21).
A maior vitória recebida pela Igreja é o direito de entrar no céu (Ef 2). Quanto ao fato de alguém dizer que atualmente somos o “Israel de Deus” e, por conseguinte, beneficiários de todas as bênçãos veterotestamentárias ─ territoriais e materiais ─ prometidas ao povo escolhido, há que se entender o sentido em que nós o somos (para essa reflexão recomendo a leitura de Efésios 2.1-22; 1 Pedro 2.9,10; Êxodo 19.5,6; Deuteronômio 4.1-40; 31─32.1-47; Juízes 2.1-23). Para que não haja nenhuma deturpação ou apropriação indébita de promessas ao Israel pré-exílico, é preciso descobrir e entender este “sentido”.

Para este exercício, é imprescindível fazer algumas perguntas:
· Qual o propósito de Deus ao formar a nação israelita?
· Israel deveria obedecer a Deus motivado pelas bênçãos materiais ou por valorizar a sua comunhão com o Eterno?
· Israel deveria ser agradecido a Deus pelo que Ele já havia feito de bom para eles ou pelo que Ele poderia fazer?
· Se havia uma relação de troca entre Deus e Israel, a questão toda estava consignada à obediência dos preceitos da Lei, ou seja, eles obedeciam e o Senhor estava “obrigado” a abençoá-los. Assumindo esta postura, estaria a Igreja obrigada a guardar os preceitos da Antiga Aliança?

O salmista disse à sua alma (e eu faço coro com ele):
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (103.2).
A lembrança histórica ajudaria Israel a manter viva a memória do passado e assim o nome do Eterno continuaria sendo honrado entre eles: “Isto se escreverá para a geração futura e o povo que se criar louvará ao Senhor” (Sl 102.18). Se a parusia não ocorrer antes, qual será o legado cristão e espiritual que deixaremos à próxima geração?
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Acima: Frente do novo Templo da Assembléia de Deus no Alvorada ~ Cbá/MT

Abaixo: Aula ministrada pelo Pr. Local Jorge Dantas

Última lição do trimestre/sala mista: Filhos de Abraão (Senhores), Rosa de Saron (Senhoras) e Estrela do Oriente (Jovens)
Abaixo: Secretário da EBD (Robson)

Senhores "Filhos de Abraão"

Oração pelos Professores da EBD

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